“Não acredito que todos os streamings foram criados para durar.”, disse Bob Iger, ex-CEO da Disney na Code Conference 2022 . “Eu não acho que todos eles vão conseguir. sobreviver. Eu não vou fazer previsões.”. Ele se pronunciou sobre a sobrevivência dos múltiplos serviços de streaming, da TV linear, da TV por assinatura, do cinema e de várias formas de se consumir conteúdo audiovisual. Segundo Bob, o futuro é sombrio para a maior parte deles.

“A TV linear e o satélite estão marchando em direção a um grande precipício e serão empurrados”, afirmou o homem que trabalhou e controlou a rede norte-americana de TV ABC por anos, profetizando um “mundo de dor” para o mercado. “Não sei dizer quando, mas ela (a TV) vai embora,” concluiu. Quanto ao cinema, Bob Iger ressaltou a experiência de ir ao cinema e ver filmes em uma tela grande como um grande trunfo. Classificou a indústria cinematográfica como longe de estar morta, mas afirmou que agora era “menor”.

Segundo Bob Iger, a TV e o cinema estão para sumir

“Acho que os filmes nunca voltarão ao nível em que estavam antes da pandemia”, disse Bob Iger, observando as consequências no mercado advindas desde março de 2020, quando a maior parte do mundo sofreu com a pandemia. O público do cinema ainda está titubeante apesar das melhores esperanças e orações de muitos chefes de estúdio. Isto estaria causando grande ansiedade sobre a indústria em geral, “porque esta é uma era de grande transformação”.

Com isso, evitando esforços das pessoas que queriam fazê-lo criticar o chefe da Warner Bros Discovery, David Zaslav, e seu próprio antecessor da Disney, Michael Eisner, o relativamente descontraído Iger deixou muito claro que ele está fora do jogo executivo de entretenimento definitivamente. “Não sinto falta do meu trabalho”, acrescentou Iger, veterano de 47 anos da Disney, menos de um ano depois de deixar seu posto de CEO. “A aposentadoria é ótima, tenho uma vida muito diferente de antes. Muito mais tranquilidade no meu dia”.

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Sobrou até para o streaming

Começando sua fala no evento, Bob iniciou com os maiores sucessos de sua carreira e um fracasso, também conhecido como Maker Studios de suas tentativas de aproveitar “os efeitos disruptivos da tecnologia digital”. Iger falou na última quarta-feira sobre as lições que aprendeu com as mudanças de mercado e com a Netflix nos primeiros anos da última década. “Na Disney, fomos o primeiro estúdio a licenciar filmes para a Netflix”, afirmou Bob.

“Estávamos vendendo tecnologia de armas nucleares para um país do terceiro mundo, e agora eles a estavam usando contra nós”, acrescentou ele sobre as duras realidades dos acordos feitos com a Netflix e a atração gravitacional em direção ao streaming que altera a indústria. Iger finalmente saiu da Disney em dezembro de 2021.

E a Disney? Vai sobreviver?

Desde as férias forçadas de Iger durante o primeiro ano e meio da pandemia e uma série de tropeços no Magic Kingdom, aumentaram os boatos sobre a gestão da Disney e as dificuldades que a empresa teria de seguir saudável. A boataria diminuiu bastante nas últimas semanas, à medida que as ações da Disney dispararam, as plataformas digitais da empresa estão crescendo e o parque temático lotado está enchendo os cofres do Mickey.

Bem posicionado em uma infinidade de startups e conselhos bem escolhidos, Bob Iger, de 71 anos, disse hoje que está trabalhando em um livro e empreendendo. Ele aposta que a Disney seguirá firme e forte apesar da turbulência que tende a sacudir o mercado. “Acredito que a Netflix continuará a prosperar. Eles têm alguns problemas agora, mas eles não vão embora… Eu também claramente acredito muito no Disney+ devido a sua propriedade intelectual e sucesso até agora”.

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