Ao menos nos Estados Unidos a resposta tende a ser sim.
O CEO da Netflix, Reed Hastings disse que a televisão aberta e por assinatura deve acabar nos próximos 10 anos, cedendo espaço total ao streaming. Esta fala foi feita no mesmo dia em que o serviço de streaming informou ter perdido 970 mil usuários no segundo trimestre deste ano. Agora sai mais uma informação que inegavelmente corrobora a tese de Reed.
Segundo a Nielsen, instituição responsável pela medição de audiência na TV americana, o streaming foi responsável por mais de um terço das visualizações de TV em junho, de acordo com o site The Gauge
Nielsen. Em números exatos, 33,7% do consumo total de televisão. O streaming ganhou seis pontos em relação a 12 meses atrás, enquanto a TV por assinatura demonstrou seu declínio frente aos americanos.
O streaming ganha força na competição
Essa é a maior parcela de uso de TV pelo streaming a ser medida pela Nielsen desde sua criação, em maio de 2021. O tempo total gasto assistindo TV em junho nos Estados Unidos aumentou ligeiramente (+2%) em relação a maio, impulsionado por um aumento de 8% no volume de streaming no mesmo intervalo. O tempo gasto em streaming aumentou 23,5% ano após ano, permitindo que o formato digital adicione seis pontos percentuais à sua participação na TV em 12 meses.
Quatro plataformas tiveram recordes de visualizações em junho: Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e YouTube (incluindo YouTubeTV). Os espectadores gastaram 16% mais tempo assistindo à Netflix em relação ao mês passado. Em comparação com junho de 2021, todas as plataformas de streaming tiveram um crescimento significativo na visualização, primordialmente Amazon Prime Video (+31,9%), Disney+ (+22%) e Netflix (+18,1%). Os dados coletados são da Nielsen, que é líder global em medição de audiência, dados e análises.
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A vitória do Streaming vem aí?
A queda de assinantes da Netflix é vista pela diretoria da empresa como algo passageiro e circunstancial. Reed Hastings reforçou que o streaming hoje é o mais forte e efetivo competidor das TV’s tradicionais. O texto posteriormente enviado por Hastings a investidores fala sobre dados da pesquisa Nielsen que evidenciam a crise da TV linear e a explosão da audiência do streaming.
O streaming tem mecanismos para prender a audiência que nenhuma TV linear tem. Não têm comerciais, entrega o conteúdo sem horário marcado permitindo que a pessoa veja como e quando quiser, além de outras vantagens competitivas.
Mas a TV também tem seus trunfos. A qualidade da transmissão de eventos ao vivo é muito superior, por exemplo. Somente esta vantagem já se torna suficiente para que se afirme que a TV ainda tem muita lenha pra queimar antes de ser considerada carta fora do baralho, portanto.
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